Número de ataques racistas na web é constante

Texto desenvolvido por Josivani Moreira, do 6° período de Jornalismo, para a disciplina de WebJornalismo ministrada pela professora Marilene Mattos.

Os casos vão desde um ataque pessoal direto, até a situação onde um grupo de pessoas, utilizando perfis falsos, realiza um ataque direcionado a uma única vítima.

Usar redes sociais tem sido algo arriscado. Isso, porque o número de ataques preconceituosos têm sido constantes. Os agressores aproveitam do suposto anonimato dado pela rede, pela falsa ideia de que esse tipo de crime não tem punições reais e sentem-se livres para espalhar seus discursos de ódio. Com toda essa liberdade, mas é liberdade? O número de ataques continua subindo.

Uma pesquisa feita no ano de 2016, pela a Agência nova/sb monitorou durante três meses mais de 390 mil comentários nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, com o objetivo de avaliar o comportamento dos internautas brasileiros. A maioria dos posts verificados envolvia ofensas às mulheres, políticos, negros, deficientes e LGBT. Os estados como maiores índices de casos de intolerância foi Rio de Janeiro com 14%, e São Paulo, com 12,9% dos comentários.

racismo
Os agressores aproveitam o anonimato das redes / Imagem: Greenme

Um levantamento feito pelo site Jusbrasil mostrou que os problemas mais comuns para os usuários de redes sociais, como Facebook e Instagram, são: a criação de perfis falsos, ataques pessoais e falsas acusações. Em todos os casos, a vítima deve printar todas as páginas e levar até a delegacia de crimes online.

Contrariando o pensamento de vários agressores, o fato de o crime ter ocorrido virtualmente não altera em nada a pena do acusado. Graças ao marco civil da internet, é menos complicado encontrar os acusados desse tipo de crime, já que os provedores são obrigados a armazenar por um tempo algumas informações sobre seus usuários e disponibilizá-las à justiça quando solicitadas.

Quando a liberdade de expressão se torna discurso de ódio

Os casos mais famosos de ataques racistas são o da jornalista Maria Júlia Coutinho e da atriz Taís Araújo. O fato de os dois casos terem sido denunciado, não intimidou novas agressões. Exemplo disso são os ataques recentes à Miss Brasil 2017, Monalysa Alcântara e ao ator Jonathan Azevedo. Ambos receberam em suas redes sociais diversos discursos de ódio e preconceito.

Segundo a socióloga e psicóloga Dilma Maria dos Santos, para que esse tipo de episódio pare de acontecer, é necessário que o país tenha um bom sistema educacional que ajude na compreensão do real sentido da declaração “liberdade de expressão”.

É necessário expor o que é liberdade de expressão e o que é discurso de ódio. Liberdade de expressão é saber respeitar e valorizar o pensamento que é contrário ao seu. Discurso de ódio é totalmente o oposto”, afirmou.

Não só as redes sociais pessoais são alvos de ataques e discursos ódio. O jornalismo online recebe diariamente comentários de conteúdo preconceituoso. Sejam eles comentários racistas, machistas, homofóbicos entre outros tipos de ofensas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Deixe uma resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s