A data instituída para o Dia Nacional do Surdo, 26 de setembro, se deve a inauguração do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdo) em 1857, no Rio de Janeiro, que foi a primeira escola para surdos do Brasil.
O dia, oficializado por meio da Lei nº 11.796, de 29 de outubro de 2008, tem a intenção de nos fazer refletir sobre a inclusão das pessoas com deficiência auditiva na sociedade brasileira, além de conhecer seus direitos e saber se estão sendo respeitados. A inclusão é feita principalmente através do ensino de Libras, facilitando a comunicação dele com as demais pessoas.
Existe um decreto, o 5.626/2005, que obriga o ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de formação de professores e a educação bilíngue nas escolas onde estejam matriculados alunos com deficiência auditiva. Ele também obriga os órgãos públicos a terem intérpretes de Libras para facilitar o atendimento aos cidadãos surdos. é principalmente por meio dessa linguagem ou leitura labial que os surdos entendem o que acontece ao seu redor.
Comunicação em Libras
A Língua Brasileira de Sinais se utiliza de símbolos linguísticos, sendo criada para promover a inclusão social das pessoas com deficiência auditiva. A diferença da linguagem com Libras para as demais linguagens é que são utilizados gestos no lugar do som.

A utilização do alfabeto manual, como pode ser chamada a forma de se comunicar por Libras, é um meio de garantir a preservação da identidade surda, bem como contribui para a valorização e reconhecimento da cultura surda. O uso da linguagem em Libras deve ser mais incentivado não apenas em escolas, como também na sociedade como um todo, colaborando, assim, para a melhoria da qualidade de vida dos surdos.
População surda
O censo de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta o Brasil com 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Entre essas pessoas, 2.147.366 milhões apresentam deficiência auditiva. A tendência desse número é crescer com o aumento da população idosa no país e a demora na identificação de problemas auditivos que poderiam ser reversíveis se constatados com antecedência.
Os surdos só começaram a ter acesso à educação, no Brasil, durante o Império no governo de Dom Pedro II, que foi responsável por criar a primeira escola de educação de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, no Rio de Janeiro, antiga capital do país.