O Arquiteto Cego: ilustrações preenchem biblioteca

Durante um mês, período que teve início em 12 de março e findará em 12 de abril, estarão expostas na biblioteca da FAESA as ilustrações relacionadas à obra infantil “O Arquiteto Cego”, realizadas pela artista plástica e professora da instituição, Tânia Crivilin, desenvolvidas para o livro de autoria de seu esposo, Ruy Perini.

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Em visita à exposição, Alessandra Pattuzzo, bibliotecária supervisora, explicou um pouco da proposta de arte. “O trabalho dela saiu até na Gazeta. Fiquei encantada e quis trazer pra cá. É um trabalho que utiliza uma técnica de pintura no azulejo. A ilustradora captou todas as fases do livro e construiu somente em imagens. São imagens que estão no livro, é uma sequência da capa até a última imagem”, esclarece.

Estante com quadros de azulejo feitos por artista plástica. Ambiente de biblioteca universitária.
Estante com ilustrações em técnica de pintura no azulejo/ Foto: Isabella Arruda

A artista e ilustradora, por sua vez, conta que já trabalhava há anos com desenho, sendo que por muito tempo fez desenhos tradicionais para um órgão público. Com o passar do tempo, quando decidiu dar início a um estúdio de arte, arquitetura e design, passou a utilizar e evoluir técnicas de pintura em porcelanas e azulejos. Neste caminho, veio a possibilidade de levar esta linguagem para o público infantil.

a o livro, fizemos a leitura. No início eram mais cenas, eram 18. Fomos reduzindo e chegou nos 8 quadros para tentar traduzir um pouco, em forma de imagem, a história do arquiteto cego. A partir dessa montagem das cenas, foram fotografadas e desmembradas e foi feita também a parte de edição gráfica”.

Além disso, o objetivo com o livro é o de trabalhar a questão da acessibilidade e da participação de pessoas com necessidades especiais em qualquer esfera, como é mesmo o caso de um arquiteto que não enxerga.

Estamos agora num segundo momento do livro, em que queremos fazer o áudio e disponibilizar na internet e nas redes, sem nenhum custo, o que seria bom também para incluir crianças com deficiência visual, que ainda não estão tão contempladas com a ideia. Os quadrinhos (ilustrações) têm a questão do relevo, mas ainda não contemplam por completo as pessoas com deficiência visual. Também há pretensão de fazer o livro em braile, mas por enquanto ainda não dá por conta de limites de custo”.

Apoio da biblioteca da FAESA

Conforme Alessandra Pattuzzo, a biblioteca da FAESA está de braços abertos para iniciativas como a exposição em destaque, inclusive as que partam de alunos. Lançar livros no ambiente acadêmico também é uma possibilidade, podendo envolver até o público externo. “Até para que as pessoas saibam que a biblioteca não é só o mundo de empréstimo e devolução de livro, mas também um ambiente que fomenta a cultura. Essa forma de exposição literária do que foi construído é muito legal, faz parte da biblioteca, além de saraus que temos promovido e de todo o espaço de pesquisa”, completa a bibliotecária.

estantes em biblioteca, plantas e livros
Um panorama geral da biblioteca da FAESA ao receber a exposição de arte. / Foto: Isabella Arruda

A funcionária nos conta ainda que o próximo sarau será realizado no dia 3 de abril, na praça verde da faculdade e que serão bem vindos os poetas, escritores, cantores e outros talentos. Haverá ainda troca de livros e livros sendo doados. “Foi realizando sarau que descobrimos que aqui há muitos alunos que escrevem e publicam e ás vezes ficam escondidos. É uma forma de fomentar isso”, revela Alessandra.

Como adquirir o livro

O valor para comprar o livro no balcão da biblioteca será simbólico diante da qualidade do material utilizado e do conteúdo da obra e custará R$ 20,00 (vinte reais). “Muito boa a história, cheguei a comprar o livro para minha filha. Não vou contar para que as pessoas fiquem curiosas e venham conhecer realmente”, comenta a bibliotecária supervisora.

Quadro em azulejo, que ilustra castelo colorido, com céu azul e nuvens
Ilustração em azulejo/ Foto: Isabella Arruda

Além da FAESA, o Studio Circulus, no centro de Vitória, também realizará as vendas. Será também apresentado o projeto no SESC, e seguirá para Linhares, onde faremos uma dinâmica com escola. Percebe-se então que o livro está começando a ganhar espaço. Em relação à exposição de arte, que deixará a FAESA em meados de abril, será encaminhada para o Moinho de Invento, escola em Jardim Camburi, de onde também partirá para Linhares. “Ela é itinerante, vai andando por aí”, finaliza a artista plástica.

 

 

 

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