Texto escrito pelas alunas Luisa Lang e Yasmin Brandão para a disciplina de Laboratório Experimental de Comunicação Integrada, ministrada pela professora Marilene Mattos
Em um mundo em que quase 2,5 bilhões de pessoas usam as redes sociais, como a pesquisa do emarketer confirmou, é inevitável que essas novas mídias interfiram na comunicação global. Não é a toa que a maioria dos jornais, antes impressos, possuem contas em redes como o Facebook, Twitter e Instagram.
Essa presença massiva das redes sociais também modifica a dinâmica de produção de conteúdo. O repórter, que antes era especializado em uma mídia, agora se caracteriza como um profissional multimidiático, sendo capaz de alimentar diferentes plataformas.
“A rede social permite que você grave pelo celular e tenha uma estética não tão profissional e mais ‘amadora’. E lá você consegue direcionar para o seu público. Então, ao invés de você falar com todo mundo que assiste ao ESTV, por exemplo, você pode ver quem gosta de bicicleta e anunciar uma bicicleta para essas pessoas”, afirmou o professor universitário e coordenador do Faesa Digital, especialista em redes sociais, Felipe Tessarolo.

Jovens, adultos e alguns estudantes de jornalismo contaram para gente o que eles pensam a respeito:
Andressa Oliveira – Estudante de Logística
“Eu costumo me informar bastante pelo Twitter e pelos sites que eu julgo serem mais confiáveis. Procuro não acreditar em notícias que me mandam de sites que não julgo confiável e nem acreditar em notícias que as pessoas passam de boca a boca. Geralmente eu entro nos sites e vejo o que está na capa principal, que normalmente são as coisas mais relevantes do dia”.
Gabriela Valdetaro – Estudante de Jornalismo
“As redes sociais foram muito positivas para a produção de notícias. A apuração ficou mais rápida, assim como o contato com as fontes. Outro ponto positivo foi a aproximação que essas redes proporcionam entre os jornalistas e a população. Hoje, na internet, todo mundo tem voz, e poder de dizer o que bem entende, ainda que sem a devida apuração. Isso facilitou a produção e a disseminação das fake news. Mentiras e afirmações falsas circulam rapidamente e são consumidas como verdades absolutas”.
Francisco Reisen – Estudante de Direito

Inês Melo – Estudante de Arquitetura e Urbanismo
“Acho que quanto mais resumida a matéria mais as pessoas leem. Por que se eles abrem e tem um textão, ficam com preguiça de ler ou leem pela metade e entendem a notícia pela metade. Cada vez as pessoas querem as informações mais rápidas e com preguiça de ler ou ver jornal. As pessoas não querem nem a explicação, só querem saber a situação e pronto”.
Paola Rautha- Estudante de Jornalismo
“A interferência das redes sociais na produção de notícias é perigoso. Por causa do pouco tempo que temos para atualizar as notícias nesses meios, pode prejudicar a apuração, fazendo com que jornalista tenha que tomar mais cuidado com ele posta ou quando atualiza a notícia por conta da credibilidade”.
Antonella Locatelli – Vestibulanda
“Para me manter informada procuro seguir a maior quantidade de jornais e sites científicos. De uma certa forma acabo filtrando os assuntos de meu interesses. Há um tempo atrás, uns 7 anos, meu pai tinha o costume de levar o jornal para casa e eu sempre lia. Hoje, isso mudou completamente. Até o meu pai, que é de uma geração diferente, procura as informações na internet. Mas ainda é diferente, ele vai direto ao site. Isso não significa que ele tenha abandonado o jornal impresso, ele lê aos sábados e domingos”.
Nara Pinheiro – Estudante de Agronomia
“As pessoas têm muita preguiça de ler porque na maioria das notícias tem a chamada e as fotos e aí as pessoas compartilham ou falam sobre o tema (no caso do Facebook). Quando você abre a matéria não é sobre aquilo que a pessoa havia postado. Então dissemina uma notícia falsa”.
David Souza – Estudante de Jornalismo
“O avanço tecnológico e a chegada das redes sociais fez com que o jornalista mudasse seu processo de produção da notícia, acredito que essa ferramenta ajude na profissão, devido ao fácil acesso à informações e também a fonte. Com as redes sociais o jornalista muitas vezes devido ao furo jornalístico acaba perdendo sua essência e compartilhando algo nas redes sem apurar, apenas pelo status e furo jornalístico, é preciso que o novo jornalista, o jornalista atual, da tecnologia, não esqueça a essência da profissão e não faça tudo pela audiência, e sim pela correta divulgação da informação”.