Já ouviu falar no projeto Boas Práticas, que acontece duas vezes por ano aqui na FAESA? A iniciativa veio da assessora pedagógica da Coordenação de Orientação e Desenvolvimento Educacional (CODE) Roseane Sobrinho Braga, agora também coordenadora do projeto, e tem como “apresentadores” os próprios professores da instituição.
Todo semestre, os professores passam por formações para aperfeiçoar as práticas deles antes do início do próximo período letivo. Geralmente eram convidados palestrantes de outros lugares para isso, mas nem sempre eles atendiam os desejos e expectativas dos professores. Por conta disso, a coordenadora pensou em colocar os professores da FAESA para ministrar as palestras para os próprios colegas.
Eu sempre penso assim: o professor, quando vai pra sala de aula, ele sempre vai na tentativa de fazer o melhor e aqui na FAESA nós temos professores excelentes, que foram selecionados e passaram por um crivo antes de entrarem em sala de aula. Eles têm muita coisa pra contar e é isso o que a gente tem feito: aprendido uns com os outros“, diz Roseane.
Os seminários de Boas Práticas costumam acontecer em fevereiro e em julho, antes das aulas começarem. Os professores que apresentam passam por uma espécia de seleção: são indicados pelos coordenadores dos cursos que lecionam e devem ser aprovados pelo Núcleo Docente Estruturante do Colegiado. Depois disso, eles são entrevistados pela Roseane e é ela quem observa se o professor tem atendido ao projeto pedagógico da FAESA.
Se o professor estiver pronto para compartilhar seu projeto com os colegas, então ele prepara uma apresentação e, em alguns casos, oficinas são realizadas durante a exposição de determinado trabalho, como um convite aos colegas para participarem também.
O projeto Boas Práticas teve início em 2014 e nem todos os professores tinham a prática de aula voltada para o projeto pedagógico da instituição. Os relatos que os professores fazem para os colegas são de trabalhos acadêmicos que foram propostos para os alunos durante o semestre da disciplina lecionada por eles e que tiveram um resultado muito bom ao fim do período. À medida que os seminários foram sendo realizados, os trabalhos apresentados pelos professores estavam cada vez mais perto da proposta da Aula FAESA.
No início, nosso objetivo era socializar práticas para que as pessoas entendessem que a gente tem uma proposta de aula e que teríamos que trilhar um caminho para alcançar essa proposta. É o que a gente vem fazendo até hoje”, explica a coordenadora.
Até o momento, já tiveram sete seminários de Boas Práticas e a FAESA disponibiliza algumas fotos na página oficial no Flickr.
Apresentando Professores Boas Práticas
Mirella Bravo
Voltando para o Centro Universitário FAESA, agora como professora do curso de Jornalismo, a professora Mirella Bravo se surpreendeu com o compartilhamento de experiências entre os próprios professores nos encontros semestrais. Para ela, essa atividade demonstrava uma preocupação da Instituição com a melhoria permanente da prática docente.
Esses encontros sempre foram valiosos para mim e me motivaram a fazer uma sala de aula diferente da que conhecia e praticava em outras instituições. Aqui na FAESA, a sala de aula se tornou um lugar original pra mim e a aula, um espaço de criação e reinvenção de fazeres”, diz.
O projeto chamado de ComunicaOdonto foi apresentado pela professora em conjunto com Alessandra Parpaiola, professora do curso de Odontologia no Seminário de Boas Práticas realizado em fevereiro deste ano. Ele integrou alunos dos cursos de Odontologia e Jornalismo, em que os futuros dentistas foram clientes dos futuros jornalistas. Os alunos da professora Mirella desenvolveram planos de comunicação interna para a Clínica Odontológica, onde os estudantes da Odontologia desenvolvem atividades práticas.
Segundo Mirella, a experiência, que era nova para ambos os cursos, superou a expectativa inicial de produção de ações de comunicação. “Foram desenvolvidas diversas ideias interessantes e produtos de comunicação com a participação dos alunos de dois cursos. Como saldo positivo ficou a troca de experiências, conhecimentos, respeito e valorização das áreas”, detalha. Em relação a falar para os colegas, a professora conta que é desafiador, mesmo sendo um momento qualificado por quem assiste.
Os novos olhares sobre o projeto ajudam a ver o que mais pode ser feito e o encontro como um todo se configura em uma importante troca de saberes e experiências valiosos e sempre transformadores. Saio sempre cheia de energia e motivada para novas criações e aplicações de novas metodologias ativas de ensino”, comenta.

