Desenvolvido pelo aluno Matheus Metzker, do terceiro período de Jornalismo, e orientado pela professora de fotojornalismo Zanete Dadalto, o trabalho “Vale do Mulembá e Ilha do Lameirão: preservação e tradição no ofício das paneleiras de Goiabeiras” foi um dos 14 selecionados da FAESA Centro Universitário para participar da Expocom.
Assim como muitos trabalhos selecionados o ensaio fotográfico de Matheus começou como uma atividade em sala de aula. A ideia de inscrever o exercício surgiu da própria professora, que enxergou nele grande potencial de ser exibido na mostra. Zanete estava correta. O trabalho de Matheus não foi apenas indicado como também venceu na categoria de Produção em Fotojornalismo.
Categoria: Produção em Fotojornalismo (avulso/conjunto e série)
Vale do Mulembá e Ilha do Lameirão
A proposta da professora Zanete Dadalto era que os alunos produzissem um ensaio fotográfico sobre o seu tema de preferência usando os conhecimentos adquiridos durante o período. A escolha de Matheus foi em fotografar as Paneleiras de Goiabeiras, patrimônio cultural do Espírito Santo.
Mas o aluno foi além. Ele não apenas fotografou o momento de confecção das panelas de barro, que acontece na Associação das Paneleiras, como também todo o processo de fabricação. Durante o seu trabalho, Matheus acompanhou todos os estágios de produção das panelas, desde a retirada da matéria-prima até o momento final, quando as panelas já estão prontas e são expostas para a venda na Associação.
O grande diferencial do trabalho foi explorar as diferentes etapas do processo de fabricação das panelas de barro. Para Matheus, a extração da matéria prima é tão importante quando o ofício das paneleiras.
Quis mostrar em meu trabalho o que as pessoas não conhecem, que a imprensa não mostra. Muitos falam sobre as panelas, mas a origem da matéria-prima é desconhecida para a maioria. O Vale do Mulambá e o Lameirão são fundamentais para que as panelas de barro existam e que as paneleiras continuem trabalhando. Sem o barro e o tanino o trabalho não perduraria e não seria mais possível a confecção das panelas de barro, algo que é tão característico de nossa cultura”, explica Matheus
De início, Matheus não imaginava que o seu trabalho pudesse concorrer em um evento como o Intercom. O aluno relata que gostou muito da atividade, mas que nunca passou pela cabeça dele a possibilidade de ir para o congresso. Sem o incentivo de Zanete e de outros professores da faculdade nada disso seria possível.
Eu sempre falo aos meus alunos para pensar além da obtenção de nota. Qualquer estudante tem o potencial de produzir um trabalho capaz de concorrer na Expocom, mas é preciso ter essa visão além da sala de aula. Nos preparemos nossos alunos para isso e o incentivamos sempre”, relata a professora.

“A experiência apenas de ter participado do Expocom foi magnífica e única. O fato de ter ganho na categoria que eu concorria veio pra acrescentar ainda mais minha felicidade e entusiasmar para que novos desafios sejam cumpridos durante a minha trajetória acadêmica. Além disso, acredito fielmente que esse prêmio representa que todo esforço e cansaço são recompensados. É uma experiência que ficará marcada por toda vida! Lembrarei com orgulho de cada momento vivenciado pela busca de aprimoramento de conhecimento nas terras mineiras”