Os Incontestáveis: cenário cinematográfico capixaba pocando

Quando se fala em cinema capixaba são raros os exemplos de filmes que podemos listar, só que atualmente o longa-metragem Os Incontestáveis, considerado estranho, arriscado e de roteiro ousado, segundo Lucia Coelho, colunista e crítica de cinema da Folha de São Paulo, vem ganhando grande destaque após sua estreia em cenário nacional no último dia 9. Sendo que o filme foi todo rodado entre os meses de janeiro e fevereiro do ano de 2015 e exibido em primeira mão na noite de encerramento do 23º Festival de Cinema de Vitória, no ano de 2016.

Diretor e atores do filme na pré estreia no Rio
Alexandre Serafino, Tonico Pereira e Fábio Mozine na pré-estreia no Estação Net Rio / Foto: Livres Filmes / Facebook

Considerado 100% capixaba, o longa que é o primeiro da carreira do diretor e roteirista Alexandre Serafini, apresenta no elenco nomes como o do  empresário, produtor e músico de 3 bandas (Mukeka di Rato, Os Pedrero e Merda) Fábio Mozine, o guitarrista da proeminente banda capixaba Muddy Brothers Will Just e o consagrado ator de 50 anos de carreira Tonico Pereira.

História do filme

Cena do filme "Os Incontestáveis"
Foto: Cena do Filme Os Incontestáveis/ Reprodução

O filme conta a história de dois irmãos, Bel (Fábio Mozine) e Mau (Will Just), que viajam a bordo de um Opala 73 pelas estradas do Espírito Santo em busca de um carro, um Maverick 77, que pertenceu ao pai deles. No decorrer do longa, os irmãos são levados até a distante e esquecida vila de Cotaxé, localizada na região norte do  município de Ecoporanga, no Espírito Santo, com cerca de 2.300 habitantes e palco de históricos conflitos de terra, fronteira e poder, onde os destinos dos irmãos e do lugar entrarão em rota de colisão.

Com um elenco de peso e um roteiro considerado ousado pelos críticos, o longa garantiu no ano passado o prêmio de melhor longa-metragem latino americano  no Festival de Cine de La Serena, no Chile, além da participação em mais de 15 festivais internacionais por mais de 10 países.

Entrevistas

Fábio Mozine, ator

O empresário Fabio Mozine diz que o convite surgiu através do diretor do longa, só que de inicio ele recusou o papel, mas a persistência de Serafini falou mais alto.

“O Alexandre foi me convidando desde os primórdios do filme. Ainda quando era roteiro e eu fui sempre recusando, até que uma hora ele conseguiu me convencer”, relata.

Além disso, Mozine relata que uma das maiores dificuldades nas gravações foram os momentos em que ele tinha que atuar e dirigir o carro ao mesmo tempo.

“Um desafio que surgiu durante as gravações foi de dirigir o carro e atuar ao mesmo tempo. Então tinha que dar as falas, fazer o gestual que fosse, parar o carro em determinado momento, me aproximar e me afastar da grua. Esse foi o maior desafio”, conta.

Alexandre Serafini, diretor

O diretor do filme, Alexandre Serafini conta que a ideia do roteiro surgiu em uma ajuda que o roteirista do longa, Saulo Ribeiro pediu à ele para “amarrar algumas ideias” em um livro de viagens que estava produzindo.

“O Saulo me procurou, querendo ajuda para amarrar algumas ideias que ele tinha para um livro de viagem. Enquanto fomos trabalhando foi nos parecendo que daria um roteiro bem interessante e diferente”, conta.

Além disso, Serafini relata que ao fazer o filme, a espera do reconhecimento e da chegada ao público é natural. Só que a preocupação maior não é essa, mas sim as ambições estético-narrativas que ele quer passar.

“Quando fazemos um filme, lógico que queremos que ele chegue ao público, mas sempre focamos mesmo nas ambições estético-narrativas que pretendemos com a obra. Então, depois de pronto, quando vemos que aquilo que fizemos se comunica com um público amplo, até de outros países que jamais ouviram falar de mim ou das histórias que estão no filme, fica um sentimento de ter feito algo com um apelo interessante e mais universal”, relata.

Sessões

Leu tudo isso e ficou com vontade de assistir o filme para ontem?! Então se liga, porque amanhã (16) às 18h30 vai acontecer uma sessão especial do Filme no Sesc Glória, em Vitória (Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória) e logo em seguida um debate com o roteirista do filme, Saulo Ribeiro, o diretor e também roteirista, Alexandre Serafini e um dos atores do longa, Wilson Coêlho, com a mediação do escritor e produtor, João Moraes.

Além do dia 16, o filme vai ficar em cartaz no centro cultural do dia 17 ao 19/08, fazendo uma pausa de um dia e voltando nos dias 21 e 22/08 sempre às 18h30 e com os ingressos a R$6 (inteira), R$3,60 (comerciantes e conveniados) e R$3 (meia-entrada e comerciários).

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