O conceito de Moda Inclusiva vai além de roupas adaptadas para pessoas que tem algum tipo de dificuldade e seu objetivo é simplificar o ato de vestir, levando em conta as necessidades físicas e psicológicas de cada indivíduo. A Moda Inclusiva surgiu em 2008 e procura proporcionar ao indivíduo portador de deficiência (PcD) um pouco de autoestima e liberdade, possibilitando que ele possa usar o que gosta de forma adequada para o seu corpo. No Brasil ainda não existem marcas que desenvolvam somente esse tipo de peça, mas algumas empresas estão começando a pensar e fabricar peças exclusivas.

Faculdades de moda possibilitam que os trabalhos acadêmicos sejam voltados para a inclusão, fazendo com que os alunos se interessem em desenvolver produtos relacionados com a Moda Inclusiva. Esse novo conceito da moda está envolvida na inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, uma forma de mostrar que todos temos nossas diferenças e precisamos ser tratados com igualdade.
De acordo com o censo de 2010 , o Brasil tem 45,6 milhões pessoas que possuem algum tipo de deficiência, o que mostra para os estilistas que esses indivíduos precisam de peças desenvolvidas para eles, com alguns detalhes que ajudem o PcD que tenha alguma dificuldade no ato de se vestir. Desde 2011 acontece um concurso de miss e mister que elege o(a) deficiente mais bonito(a) do país, trata-se uma iniciativa pioneira não apenas no Brasil, mas também no mundo.
Etiquetas em Braile
As etiquetas em braile foram lançadas em 2011 e tem como objetivo ajudar os deficientes visuais a saber qual o modelo da roupa, cor e estampa. Essa tecnologia possibilitou que essas pessoas tenham mais autonomia na hora de escolher o que vestir.
Em 2016, a C&A fez uma linha de roupas para o final de ano com etiquetas em braile com as informações que continham sobre as roupas, além disso a empresa colocou alguns dos desejos que sempre são pedidos para o ano que está por vir, como por exemplo paz, amor, esperança e dinheiro. As etiquetas foram disponibilizadas em 14 unidades da marca em São Paulo. A ação foi realizada com parceria da Fundação Dorina Novilho, instituição que promove a inclusão de cegos e pessoas com baixa visão.

Roupas para Cadeirantes
Os cadeirantes precisam de roupas que tenham adaptações para ter mais autonomia na hora de se vestir, calças com zíper para ajudar na hora de colocar e tirar, saias não muito rodadas e nem muito coladas ao corpo facilitando na hora de vestir e utilizar a cadeira de rodas. Eles não podem usar saias muito longas que podem prender na cadeira e ocasionar uma queda, blusas com ombros apertados podem prejudicar na hora de tocar a cadeira, mangas compridas e largas podem sujar na roda da cadeira e cinturas justas causa desconforto com o tempo.

Roupas para pessoas com nanismo
No Brasil o número de pessoas com nanismo chega a 20 mil. Elas possuem muitas dificuldades para encontrar vestimentas que sirvam ao seu corpo, muitas vezes tendo que recorrer a costureiras ou a própria loja para diminuir o tamanho de suas roupas. Um outro problema são os calçados, como não são encontrados em tamanhos menores, essas pessoas acabam comprando seus produtos em sessões infantis ou em lojas virtuais com preços, muitas vezes, mais altos do que o normal.

Moda Plus Size
Na moda, o Plus Size é o segmento direcionado a homens e mulheres que possuem o corpo maior do que o considerado “padrão”. O termo foi criado nos Estados Unidos da América e é utilizado para modelos que usem acima de 44 no seu manequim. A mídia, todos os dias mostra pessoas magras e consideradas como o padrão ideal de beleza, mas esquecem que mulheres com o corpo mais cheio são lindas da forma que são. Um exemplo disso são as modelos Plus Size que vem conquistando cada vez mais espaço no mercado editorial da moda. A Amanda França possui mais de 118 mil seguidores no Instagram e tem se destacado no mundo e foi eleita a Modelo Plus Size Uberlândia.
Há alguns anos, o padrão de beleza era o que hoje consideramos como Plus Size, eram consideradas bonitas as mulheres que tinham corpos maiores eram consideradas símbolo de fertilidade veja o vídeo abaixo que conta um pouco a evolução sobre a percepção da beleza no corpo feminino.
Mesmo com algumas marcas já pensando na Moda Inclusiva é difícil encontrar roupas adequadas. Algumas pessoas são contrárias a moda inclusiva por acharem que é uma forma de exclusão dos PcD e acham que poderia haver roupas destinadas a todos os públicos.
Segundo a professora de Moda, Juliana Morgado, as pessoas tem corpos diferentes e precisam de roupas que se adaptam para cada tipo de corpo, com isso a Moda Inclusiva não é considerada algo que exclui porque todos nós temos diferentes necessidades e precisamos nos vestir de forma confortável.
Podcast Moda Inclusiva Radiação
A moda é necessária para o nosso dia a dia, mas nem sempre ela consegue atingir a todos os públicos. Por isso, a maneira que os estilistas acharam para permitir que qualquer um se vista do jeito que quiser foi inserindo a Moda Inclusiva no mercado.
Tenho um post falando sobre Tbm Ana!! Adorei o seu!!!!!!
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