Francisco de Assis Pinheiro nasceu em 7 de junho de 1953 e começou a trabalhar com jornalismo impresso no Diário de Minas em 1971. O jornalista também é ganhador de dois prêmios, sendo eles: APCA 1992 – Cobertura Impeachment de Fernando Collor e o Prêmio APCA 1997 – Apresentador do Bom Dia São Paulo.
Associação Paulista de Críticos de Arte, ou simplesmente APCA, é uma entidade brasileira sem fins lucrativos sediada em São Paulo, mantida pelo trabalho voluntário e pela contribuição anual dos associados. Originou-se da seção paulista da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
“Chico” esteve na Rede Gazeta no dia 10/09, por conta da aula inaugural para os alunos do 21° curso em residência em jornalismo Rede Gazeta. Em sua palestra, contou um pouco sobre como é a vida de um jornalista, usando histórias curiosas e muito bem humoradas, o jornalista fez os alunos delirarem de paixão e entusiasmo pela profissão.
“Coragem, coragem!!” esse foi o incentivo que deixou para os residentes. Segundo ele, a coragem é indispensável para um jornalista. Resolvi seguir seu conselho: tomei coragem e fui até ele para pedir uma entrevista. Consegui; acho que ele olhou para mim e viu que tinha uma pessoa ali que já seguia seu conselho. Muito entusiasmado com a oportunidade, pulei de felicidade, dei um abraço nele e agradeci a organizadora do evento.
Bom, agora estamos aqui com as dicas dele. Portanto vamos aos livros, cineastas clássicos e um princípio que ele mesmo tenta seguir para ser um bom jornalista. Com vocês, Chico Pinheiro indica!
Livros

Crime e Castigo
A obra é um romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski publicado em 1866. Narra a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito.
A importância de Crime e Castigo foi mostrar o romance como poderosa plataforma para ideias. O livro de Dostoiévski não é a simples história de um assassino, é um ensaio apurado da natureza humana: mostra todos os meandros da racionalização que o protagonista faz do seu crime, avaliando ser justo matar por achar que é moralmente superior à vítima. É uma história que debate a moral e questiona os homens tomando decisões acima da legalidade.
O Vermelho e o Negro

Le Rouge et le Noir (O Vermelho e o Negro em francês), com o subtítulo Chronique du XIX siécle (“Crónica do século XIX”), é um romance histórico psicológico em dois volumes do escritor francês Stendhal, publicado em 1830. Costuma ser citado como o primeiro romance realista, embora imbuído de uma sensibilidade romântica e, diferindo da literatura realista em geral (em especial Balzac), seja econômico nas descrições de ambientes físicos e pessoas, preferindo se aprofundar em seus processos psicológicos, levando ao extremo o foco do narrador onisciente. A ação transcorre na França no tempo da Restauração antes da Revolução de 1830, supostamente entre 1826 e 1830, e trata das tentativas de um jovem de subir na vida, apesar do seu nascimento plebeu, através de uma combinação de talento, trabalho duro, engano e hipocrisia, apenas para encontrar-se traído por suas próprias paixões. Em ensaio de 1954, Somerset Maugham incluiu-o entre os dez maiores romances de todos os tempos.

Vidas Secas
Romance publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época. As ilustrações na primeira edição foram feitas pelo artista plástico Aldemir Martins. O livro vendeu 10 milhões de cópias.

1968: O ano que não terminou
Livro que retrata, em estilo jornalístico, os fatos que marcaram o conturbado ano de 1968 no Brasil e no mundo. Seu autor é o jornalista Zuenir Ventura, participante e estudioso do referido ano, bem como de suas consequências para a realidade contemporânea.
As ilusões armadas
A obra é dividida em dois conjuntos: As ilusões armadas e O sacerdote e o feiticeiro. O primeiro reune os livros A ditadura envergonhada e A ditadura escancarada. Nos primeiros anos após o golpe de 1964, o governo militar ainda relutava em se assumir como uma ditadura, daí o título A ditadura envergonhada. Mas com a edição do AI-5, no final de 1968, que suspendeu direitos constitucionais, ela se revela. Em A ditadura escancarada, são reconstituídos os momentos mais tenebrosos do regime, como a prática da tortura contra os opositores do regime e a violência empregada contra os guerrilheiros do Araguaia, um dos últimos núcleos de resistência política.
Os personagens centrais de O sacerdote e o feiticeiro são respectivamente os generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva. A ditadura derrotada detalha os antecedentes desses dois importantes personagens, concentrando-se na articulação que os levou ao poder e também na vitória do partido de oposição nas eleições de 1974. A ditadura encurralada, quarto volume, culmina com a exoneração do general Sylvio Frota do cargo de ministro do Exército. Naquele momento, o presidente Ernesto Geisel punha um ponto final na anarquia militar que tomava conta do país. Desse relato fazem parte episódios como o assassinato do jornalista paulista Vladimir Herzog em outubro de 1975, nas dependências de uma unidade do Exército, fato que contribuiu para azedar a relação entre a Presidência e setores das Forças Armadas.
O quinto livro da série, a ser publicado futuramente, abordará o final da gestão do general Geisel, o governo do presidente João Baptista Figueiredo, em que se sobressaem o atentado do Riocentro, a bancarrota de 1982 e a campanha por eleições direitas.
Filmes
“Do ponto de vista político, recomendo um filme chamado: O Dia que durou 21 anos.”
O Dia que Durou 21 anos
É um documentário brasileiro, dirigido por Camilo Galli Tavares (Cidade do México, 1971). A obra mostra a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A ação militar que deu início a ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a própria Casa Branca. Com documentos secretos e gravações originais da época, o filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco.
Bye Bye Brasil

É um filme brasileiro de 1979, uma comédia dirigida por Carlos Diegues e considerada por muitos como uma das mais importantes produções da década de 70. Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Cineastas
O jornalista indicou alguns cineastas que são referência para ele.
Federico Fellini

O italiano foi um dos mais importantes cineastas italianos. Fellini ficou eternizado pela poesia de seus filmes, que, mesmo quando faziam sérias críticas à sociedade, não deixavam a magia do cinema desaparecer.
Luis Buñuel Portolés

Realizador do cinema espanhol, naturalizado mexicano. Trabalhou com Salvador Dalí, de quem sofreu fortes influências na sua obra surrealista.
Michelangelo Antonioni
Foi um cineasta italiano e graduou-se em economia na Universidade de Bolonha. Chegando a Roma em 1940 estudou no Centro Sperimentale di Cinematografia na Cinecittà, onde conheceu alguns dos artistas com quem acabou cooperando nos anos futuros; entre eles Roberto Rossellini.
Roberto Rossellini

Foi um diretor de cinema italiano. Foi um dos mais importantes cineastas do neo-realismo italiano, com contribuições ao movimento, com filmes como Roma, città aperta e outros.
Carlos Diegues

Carlos José “Cacá” Fontes Diegues é um premiado cineasta brasileiro. Foi um dos fundadores do Cinema Novo.
Dica para ser um bom profissional
“As dicas que eu passo para vocês e que eu procuro seguir são as seguintes: leia muito a história do Brasil, procure assistir documentários que contam a história desse país, converse com as pessoas onde elas estão, procure inclusive os lugares onde a injustiça é maior, onde o sofrimento das pessoas é maior, busque entender por que esse país tão grande, tão rico e tão bonito deixa tanta gente sofrendo. A gente tem que descobrir o que não está certo e o porquê do nosso país ainda não ter dado certo”.