Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma pesquisa a qual identificou que existem mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo que 20 milhões deles são cachorros e os outros 10 milhões restantes são gatos.
Eles vivem em situações difíceis que envolvem o descaso, doenças, brigas entre si e maus tratos vindos de humanos. Aqueles que são resgatados das ruas devido à ONG’s e Zoonoses têm a oportunidade de mudar de vida ao irem para a adoção. Esta é uma forma de os animais conseguirem um lar e fazerem parte de uma família. Porém, por outro lado, existe o comércio desses animais.
Lado sombrio
A compra de animais incentiva um comércio que pode ser cruel. Nem todos os indivíduos que vendem cachorros maltratam as chamadas, de acordo com o site Clube dos Animais, matrizes (fêmeas), porém, a precaução é a melhor opção. Um grande exemplo dessa afirmação se concretiza com os casos expostos nas redes sociais pela ativista Luisa Mell, que possui o Instituto Luisa Mell e salva a vida de incontáveis animais.
O resgate de animais é uma das ações do Instituto Luisa Mell, que é uma Organização Não Governamental. Os resgatados são acolhidos, para em seguida, serem postos a adoção. Luisa posta nas redes sociais (como o Instagram, @luisamell), resgates que realiza, chocando os internautas com a gravidade da situação em que encontra os animais.
Vários foram os casos noticiados pela ativista, como por exemplo, o que ocorreu no início de 2018, em que o Instituto, com a ajuda da polícia, invadiu um canil clandestino e salvou 15 cachorros de raça que viviam em condições precárias. De acordo com Luisa, “infelizmente, essa é a realidade de muitos canis que escondem dos compradores os pais dos filhotes vendidos e não permitem visitas”.
Redes sociais e a adoção
As redes sociais são uma forma de mobilização para a causa da adoção e não compra de animais. Além de Luisa Mell, a internet está cheia de personalidades que lutam pela causa dos animais: ONG’s conseguem se divulgar através das mídias, famosos aderem a algum movimento em pró a adoção e assim por diante. Há o compartilhamento de informações, e a compra de animais é um tema discutido assiduamente por redes como o Twitter e Facebook.
A ONG Patinhas Carentes, por exemplo, utiliza as redes sociais para divulgar feiras de adoção:

O Twitter é uma rede que dá espaço para pessoas que não participam de ações sociais relacionadas à adoção de animais de rua. É uma forma de divulgar bastante chamativa e que pode gerar bastante mobilização:


A Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (APIPA) fez uma lista de motivos pelos quais “você deve adotar um cãozinho” (outros animais também!):
- Você estará salvando uma vida.
- Traz felicidade para a casa.
- Cuida da saúde.
- Diminui o numero de animais abandonados.
- Economiza dinheiro.
- Você não financia sofrimento. Não contribui com os canis clandestinos.
- Você receberá um amor diferente.
- Você fará novos amigos.
Como adotar
De acordo com informações do portal Pense Verde, para adotar os animais o indivíduo deve ter 21 anos ou mais, e a família dele precisa estar de acordo com a adoção. Ele deve apresentar a identidade, CPF e um comprovante de residência. Além disso, há a exigência de assinatura de um termo de responsabilidade, em que o dono assume cuidar bem do animal; caso haja alguma controvérsia e o adotado seja maltratado ou abandonado, o dono sofre penalidades legais.
Vale lembrar que em muitos lugares um microchip de identificação é instalado no animal para ajudar na localização do mesmo, se este for para as ruas novamente. Em algumas entidades uma entrevista é realizada com o futuro dono, para provar se ele realmente está interessado em adotar o animal. A questão da taxa também varia de instituição para instituição, sendo que ela pode existir para custear o microchip de identificação que é instalado e também o Registro Geral de Animais.