O gênero cinematográfico de terror é bastante conhecido e atrai uma grande quantidade de público. São vários os longas deste gênero que se destacam como sucesso de bilheteria. Os filmes, que têm como maior objetivo gerar medo nos telespectadores, possuem conteúdos que podem afetar as pessoas mais sensíveis ao apostar em cenas de tortura, morte, loucura, sobrenatural etc.
Filmes de terror conseguem alcançar grande público e bilheteria. Um exemplo recente foi o longa It: a Coisa, que fez uma bilheteria maior que 700,4 milhões de dólares. Outras produções, como Invocação do Mal e Corra! também fizeram bastante sucesso.
Por quê?
Uma questão que pode intrigar algumas pessoas é: “Por que assistir a filmes de terror?”. Eles assustam, sendo que a sensação do medo é naturalmente evitada, acredito eu, pela maioria das pessoas — o que acaba se contrapondo. De acordo com a psicóloga Giuliana Oliveira em uma participação no programa Radiação “Terror”, o medo acaba se tornando passageiro, e por isso é tão almejado por alguns indivíduos:
“Você acessa o medo e de repente consegue superá-lo instantaneamente. Isso dá uma sensação de superação, força e autoconfiança. O medo nos coloca em contato com o nosso primitivo, o risco de morte. Por mais que não esteja correndo o risco de morte, estando em frente a uma tela, o seu corpo vivencia as coisas dessa forma, não passa pelo racional. Você vivencia dessa forma e depois supera”, explica Giuliana Oliveira.
Segundo o estudo “Paradoxos do coração: percepções e representações do cinema de horror por um grupo de consumidores” dos pesquisadores do ramo das Ciências Sociais Divanir Eulália Naréssi Munhoz e Rodolfo Stancki, e as teorias do livro A Filosofia do Horror, ou paradoxos do Coração do autor norte-americano Nöell Carroll, os indivíduos consomem filmes de terror pela curiosidade do desconhecido:
“A atração exercida pelos filmes de horror, por sua vez, provém de uma
curiosidade natural do homem. Queremos conhecer e experimentar o medo com uma relativa segurança, por isso vamos atrás dessas obras.” (Divanir Munhoz e Rodolfo Stancki, pg. 3)
Carroll afirma no livro que a sensação do arrepio é causada pela imaginação hipotética de um acontecimento. Ele não é real, porém, ao ser imaginado se concretizando, gera medo no indivíduo. E segundo a fala de Divanir Munhoz e Rodolfo Stancki, “nos assustamos com a menina Sadako de O ‘Grito’ (Ringu, Japão, 1998) porque pensamos nela. Independente de o filme estar passando ou não, podemos relembrar a obra e reviver o medo”.
Depoimentos
O que desperta
De acordo com a matéria “O impacto dos filmes de terror” do portal A Mente é Maravilhosa, os longas desse gênero oferecem aos telespectadores “a oportunidade de experimentar situações que não aconteceriam na sua vida”, abalando-os fisicamente e causando ansiedade, fobias, medo, insônia, fobias e traumas mentais. Pesadelos também nascem da experiência de assistir a tais tipos de filmes. Por um lado positivo, tem-se a ajuda para superar os medos e as fobias. Estes são causados, porém, enfrentados.
Filmes inacabados
A Netflix lançou este ano uma lista com dez filmes que são considerados “assustadores demais” pelos telespectadores ao ponto de não serem assistidos até o final. O critério usado para os caracterizar como assustadores foi o de que a maioria das pessoas que os assistia via mais de 70% do conteúdo, e só desligava da história no final. Se fossem ruins, seriam abandonados antes dessa porcentagem.
- México Bárbaro (2014)
- Piranha 3D (2010)
- Raw (2017)
- Jerusalem (2016)
- A Cabana do Inferno (2016)
- Centopéia Humana 2 (2011)
- The Void (2017)
- Carnage Park (2016)
- Teeth (2017)
- Invocação do Mal (2013)