O 4º Culturalize aconteceu neste último sábado, dia 20, no Auditório Central da FAESA. Com o tema voltado para o mundo globalizado, os presentes adquiriram muito conhecimento com as palestras oferecidas. Esse foi o último Culturalize de 2018. Só para constar, o evento foi idealizado pela professora Juliana Santos em parceria com a também professora, Mirella Bravo.
Os palestrantes foram os seguintes professores: Stella Santana (Relações Internacionais e Políticas de Migração); Márcio Vaccari (Vamos falar de 1968, o ano que não acabou); Joelmo Costa (Globalização, Blocos Econômicos e Moeda) e Walter Có (O Meio Ambiente e as Cidades) e o publicitário Ramon Luz (A Questão dos Refugiados) também contribuiu com o evento em uma participação por meio de vídeo, direto da Alemanha.
A professora Stella Santana falou sobre as Relações Internacionais e Políticas de Migração, e assim como Ramon Luz, participou através de vídeo. Ela explicou um pouco sobre os Motivos da Imigração, como por exemplo, os conflitos armados que atingem alguns países e questões do meio ambiente, que também geram levas migratórias.

Stella comentou sobre o Estatuto do Refugiado e a sua função de possibilitar o acesso dessas pessoas a algum tipo de suporte. Além disso, a professora falou sobre a desigualdade de direitos que os refugiados têm nos países em que passam a habitar. Na maioria das vezes essas pessoas, que possuem um diploma de ensino superior, não podem exercer a profissão pois o documento não é validado.
Stella Santana discutiu ainda sobre um assunto importante: o plástico nos oceanos e a política de resíduos sólidos. De acordo com a professora, 80% dos problemas do oceano são causados pelo continente.
A participação seguinte ficou por conta do professor Walter Có, que deu uma palestra sobre O Meio Ambiente e as Cidades. Ele abriu o assunto fazendo uma pergunta: “Se contássemos uma pessoa por segundo, quanto tempo levaríamos para contar a população, que hoje está na faixa de 7.6 bilhões de pessoas?”
“Seriam necessários 222 anos para contar todas toda a população mundial, que é de 7.6 bilhões de indivíduos. Isso se a gente conseguisse contar uma pessoa por segundo”.
Essa percepção foi uma brecha para o professor falar sobre o impacto que esta população tem no meio ambiente. O consumo, consequentemente, também é diretamente proporcional, então o plástico, um produto bastante utilizado no nosso cotidiano, acaba se transformando num grave problema ambiental. Estamos poluindo os mares cada vez mais, a previsão é de que em 2050 haverá mais plástico do que peixes no oceanos. O professor Walter disse que os animais estão se alimentando de plástico ao confundirem o produto com alimento.
O assunto da crise hídrica também foi abordado, de acordo com o professor cada árvore grande na Amazônia “libera” 1000 litros de água na atmosfera diariamente, criando verdadeiros rios voadores.
Quem deu continuidade ao Culturalize foi o publicitário Ramon Luz. Ele se encontra na Alemanha produzindo um documentário sobre refugiados e gravou um vídeo, especialmente para o evento, falando sobre este assunto. Um dado interessante que Ramon levou para o Culturalize foi o fato que os refugiados empregados ganham 40% menos que os alemães.
Após o conteúdo apresentado pelo publicitário, uma pausa descontraída foi proporcionada pelo professor William de Oliveira, que apresentou a canção Não Chores Mais (No Woman no Cry) de Gilberto Gil.
Na sequência tivemos a fala do professor de Geografia Joelmo Costa. Ele falou sobre Globalização, Blocos Econômicos e Moeda, comentando a respeito do início da globalização. Por meio da arte o professor ilustrou para o público como as navegações deram início a ideia de uma aldeia global. O artista holandês Albrect Dürer fez uma xilogravura de um rinoceronte indiano desembarcado em Lisboa para ser presenteado ao rei de Portugal.

Segundo Joelmo Costa a Holanda já era globalizada no século XVII; pelas pinturas foi percebido a grande utilização de materiais internacionais que faziam parte do cotidiano de um indivíduo da classe média holandesa. Além disso o professor abordou o tema da globalização sob a perspectiva crítica e o crescimento da extrema-direita no cenário político mundial.

E o convidado final foi o professor Marcio Vaccari que falou sobre1968, o ano que não acabou. Marcio abordou temas como o feminismo, milenarismo, histeria coletiva, ressaca coletiva e principalmente da ditadura militar que começou na década de 60.
No final do evento a equipe organizadora do Culturalize realizou um sorteio de 20 livros de poesias para o público participante!!