Professora Magali Gláucia cria projeto ‘Aumigos de Livros’ para ajudar os cães

Yan Damaceno

Magali Gláucia Fávaro de Oliveira é professora e idealizadora do bazar Aumigos de Livros. O projeto funciona em sua maior parte por meio do Instagram e já conta com mais de 4.500 seguidores. As feiras, tanto de livros como de adoção de animais, acontecem periodicamente nos intervalos das aulas na FAESA Centro Universitário.

Magali Gláucia e seus voluntários participando de uma reportagem sobre seu projeto para a TV Gazeta (Foto: Arquivo pessoal)

A inspiração para o bazar veio depois que Magali comprou o cão de estimação Tody, em janeiro de 2018 por R$ 400,00 pela OLX. Logo após a compra, começou a seguir o Instagram da instituição Ame Um Pet e percebeu que existia um comércio de animais por meio da compra e venda. Depois de descobrir que havia participado da comercialização de animais, decidiu que precisava de algum jeito reverter o que havia feito. Foi então que resolveu ajudar a causa dos animais abandonados.

Fiquei profundamente abalada. Eu me senti culpada, suja e nojenta

Magali Gláucia

Com o intuito de se redimir, tentou doar alguns livros para o bazar da instituição Ame Um Pet, que já tinha um bazar de roupas. De início não foi aceito porque não havia local para guardar tantos livros. Então, Magali resolveu vender os livros por conta própria, prometendo reverter toda a quantia adquirida para a instituição. Apenas em um dia arrecadou R$ 700,00.

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Percebendo que o projeto autônomo daria certo, começou a pedir doação de livros e a vendê-los no Instagram pessoal. A mistura de sua conta pessoal com o projeto ficou inviável. Então, decidiu criar uma conta própria para o bazar de livros, de nome Aumigos de Livros. Algumas pessoas começaram a apoiar o projeto no começo e, hoje, a rede social já conta com mais de 4.500 seguidores e mais de R$ 30 mil arrecadados.

Instituições beneficiadas

No começo, a única ONG ajudada era a Ame Um Pet e a contribuição foi até agosto de 2018. Depois dessa data, começaram os regastes próprios, mas ainda ajudando instituições parceiras como: Patinhas da Vila, Patas do Canto e, claro, os próprios animais resgatados.

O cão Marrone e Magali Gláucia. O animal foi o primeiro a ser resgatado pela professora (Foto: Arquivo pessoal)

Contatos das instituições:

As formas de ajudar o projeto são várias: arrecadar, doar e comprar livros, compartilhar as publicações de adoção e feiras de livros, ajudar a cuidar dos cachorros e vender os livros nas feiras. Todas as formas de ajudas são bem-vindas.

Também são arrecadados materiais de limpeza e remédios. Uma “farmácia pet solidária” foi criada junto com a ONG Ame Um Pet. Ela recebe remédios para animais que não estejam vencidos e possam ser utilizados. Esses remédios são distribuídos para os protetores de animais de acordo com a necessidade e a demanda.

Se você tem um remédio de animal em casa que não usa mais, pode doar para o bazar

Magali Gláucia
Magali Gláucia brincando com cães depois de um longo dia de feira de livros e adoção (Foto: Arquivo Pessoal)

A importância do projeto

Magali trabalha todos os dias das 7 às 22 horas. Ela ministra aulas pela manhã e à noite e trabalha no Tribunal de Justiça do Espírito Santo à tarde. Então, ela consegue organizar somente as coisas do bazar nos finais de semana e nas madrugadas, mas, mesmo assim, não desiste e nem desanima do projeto.

É a minha motivação. Eu acordo por isso. Eu durmo por isso. Eu respiro por isso. Não tenho a menor intenção de diminuir ou de acabar com o projeto, apesar do cansaço. Reconhecer no cachorro a gratidão dele pelo o que a gente fez por ele mudou a minha, sem sombra de dúvidas. Eu sou uma outra pessoa

Magali Gláucia

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