Andressa Alves
Cercada de preconceitos e desconhecimentos, a depressão se tornou o mal do século XXI. A doença psiquiátrica é muito séria e pode levar pessoas a tomarem decisões que não tomariam em seu estado normal de saúde, como, por exemplo, o suicídio.
É importante saber que todos os seres humanos sentem tristeza, mas aqueles que sofrem com o Transtorno Depressivo não conseguem encontrar uma forma para superar toda a amargura, muita vezes, sem explicação. A doença, segundo o site do Doutor Drauzio Varella , também é associada ao desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, seguidos de distúrbios, como o do sono e apetite.

Algumas pessoas não sabem que são portadores desse transtorno, por alguns julgarem ser apenas uma simples tristeza ou “drama”. No entanto, é indispensável o diagnóstico por um profissional psiquiatra para iniciar o tratamento adequado. O estresse rotineiro, traumas e consumo de drogas podem ser um estímulo para a doença que, também, pode ser recorrente de fatores genéticos.
A estudante Karoline Oliveira, 19 anos, afirma ter sofrido com a doença por anos, principalmente ao enfrentar os estudos longe da família.
Eu percebi por conta própria que eu tinha depressão. Tinha conhecimento da gravidade, mas nunca queria aceitar que é com a gente. Eu sofria escondida e no principio era fácil esconder porque eu morava sozinha. Quando voltei para casa, minha mãe percebeu e pediu para que eu fizesse terapia. A terapia foi de muita importância para mim
Estudante Karoline Oliveira
É importante ressaltar que a doença não tem “cara”. Karoline relata que durante todo o período as pessoas não desconfiavam que ela sofria com o transtorno. Ela diz ainda que todos ficaram espantados quando souberam. “Havia momentos que eu não tinha ânimo para realizar as tarefas básicas, como tomar banho. Eu tinha perdido completamente o prazer nas coisas e o sentimento de inutilidade habitava em mim. Só queria que aquele ciclo ruim acabasse logo. Contudo é possível ficar bem se dedicando ao tratamento”, declara a estudante.

Tratamento
O tratamento é feito com medicamentos e acompanhamento psicológico e psiquiátrico, além do apoio familiar e atividades físicas também serem aconselháveis.
A psicóloga Morgana Oackes Alves reafirma a importância da psicoterapia para os pacientes com a doença. Sendo uma ferramenta utilizada pelos psicólogos para criar uma relação de ajuda com os pacientes, oferecendo condições que facilitam para que a pessoa consiga encontrar formas de lidar com as questões em que se depara. Morgana relata ainda, no caso do Transtorno Depressivo, o processo terapêutico pode ser um potente mecanismo para o paciente
Por meio da relação de ajuda travada entre cliente-terapeuta, diferentes conteúdos, que podem causar sofrimento, tem a oportunidade de serem atualizados e ressignificados, proporcionando a melhora dos sintomas trazidos pelo transtorno. Também é importante ressaltar que diante de condições facilitadoras, a pessoa tem a oportunidade de encontrar uma forma mais consciente e saudável de estar no mundo
Psicóloga Morgana Oackes Alves

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