Gabriel Barros
Há algum tempo era comum as pessoas esbanjarem estantes enormes de livros, mas com o passar dos anos e com o advento da tecnologia, esse hábito tem sido deixado de lado pelos jovens. Novos aplicativos, sites na internet e até aparelhos dedicados, exclusivamente, a livros eletrônicos, os chamados e-books, chamam a atenção dos novos leitores.
Enquanto algumas pessoas usam o celular apenas para mandar mensagens instantâneas, outras utilizam o aparelho para se dedicar aos estudos e a leitura de um bom exemplar. Para a maior classe leitora do Brasil, os estudantes, a praticidade que esses novos suportes trazem faz toda a diferença na rotina.
Carregar diversos livros ficou mais fácil. A leitura no percurso até o trabalho ficou mais dinâmica, sem mencionar a acessibilidade que a ferramenta oferece. A estudante Maria Eduarda Có afirma que a tecnologia oferece diversas possibilidades, pois a internet possui um extenso acervo à disposição de qualquer pessoa.

Há pessoas que já conhecem esses recursos para leitura há algum tempo. A aluna Isabela Borges descobriu aos 11 anos um novo tipo de texto enquanto explorava a internet. Hoje, ela é amante de uma boa fanfic, as histórias de personagens famosos que são criadas pelos fãs.
Eu era fã dos Jonas Brothers e descobri nas redes sociais as fanfics. A partir desse momento também comecei a ler livros pelo computador
Isabela Borges

A paixão pela leitura é tão ampla que Isabela também construiu o gosto pela escrita. No tempo livre, escreve textos e poemas e os divulga em um site especializado em compartilhamento de obras literárias. Ela conta que os textos são um universo alternativo para si.
Normalmente são sobre coisas que eu sinto, situações que eu gostaria de ver ou se estou em algum momento difícil. Uso para descarregar
Isabela Borges
Há também aqueles que ainda estão descobrindo esse novo jeito de ler. É o caso do estudante Saulo Ribeiro. O primeiro e-book que leu foi “Bárbara”, da escritora capixaba Brunella Brunello. A obra despertou a curiosidade e, consequentemente, cativou o jovem.

É um romance que se passa na capital Vitória. Fiquei muito curioso quando vi a sinopse do livro, mas só existia online. Tive que comprar pelo aplicativo e depois também comprei outras obras
Saulo Ribeiro
Em meio tantas transformações, ainda há quem valorize o livro físico com a possibilidade de sentir o cheiro e o toque. A estudante Isabela Pinheiro de Sá confessa gostar de sentir-se próxima dos livros para se desconectar das tecnologias e ficar atenta à mensagem da obra.

EDIÇÃO: Andressa Alves
FOTO DO DESTAQUE: Gabriel Barros/Núcleo de Audiovisual