Vyvian Campos
Você é jornalista e acredita que não precisa da criatividade? É daquelas pessoas que se considera nada criativa? Que desanima quando lembra que existem 8 bilhões de pessoas no mundo e dificilmente vai produzir algo novo? Eu te entendo, mas calma! Juntos iremos fazer um percurso para desvendar alguns dos mistérios sobre a tão temida e desejada criatividade no jornalismo.
Vamos lá… Primeiro de tudo vamos entender a criatividade e como ela pode te ajudar no dia a dia do jornalismo? No dicionário a criatividade é definida simplesmente por “ato de ser criativo, capacidade de criar e de inventar”. Mas será que é só isso?
Você que passou quatro anos estudando jornalismo sabe bem que existem diversas áreas a serem exploradas. E para ser único no mercado, é preciso inovar. Você deve estar se perguntando: “é possível ser criativo no jornalismo mesmo me considerando um não-criativo?” Bom, tenho duas notícias pra você. Uma é boa e outra nem tanto. Vou começar com a melhor. A criatividade não é um talento e sim uma competência que é desenvolvida ao longo da vida.

Agora, é a hora da notícia ruim, está preparado? Até mesmo as pessoas mais criativas têm bloqueios. Se você precisa produzir um release e a ideia não está surgindo, não adianta insistir. A criatividade forçada não funciona.
Aproveitando a onda de notícias ruins vou contar mais uma, mas prometo trazer outra excelente logo após. Vou te apresentar, agora, o bloqueio criativo, que aparece nas horas mais inoportunas. Quando, por exemplo, a pauta cai e você não consegue pensar em uma solução. Já pensou sobre o porquê isso acontece? Existe um fator interno ou externo que explica a visita do monstrinho do bloqueio.
O meu problema é a falta de foco. Não sei se é o seu caso, mas já cometi o erro de me encher de tarefas: produzir release, gerenciar mídias sociais e acompanhar a agenda do cliente, acreditando que conseguiria terminar mais rápido e ficar livre. Quanta besteira. Você concorda que criar enquanto realiza outras atividades é difícil?
Mas aí vai a boa notícia: é possível vencer o bloqueio. Se quer criar, escolha um ambiente confortável, esteja descansado, escolha uma música que goste. E se você é daqueles que não vive sem café, providencie uma boa xícara e curta o aroma. No meu caso um chá mate… e o principal: tenha foco.
Com o foco no lugar certo, os momentos de bloqueio criativo vão diminuir. Entender esse processo é fundamental em qualquer área e no jornalismo não é diferente. Existe um leque de possibilidades para esses profissionais e ser criativo torna o jornalismo mais acessível.
O mais importante neste processo é ser você mesmo. Sei que não é fácil, mas esse texto é a prova de que é possível. Afinal me considerava uma não-criativa. O que te contei nesse texto? Um pouco do meu próprio processo.
Agora, é com você: seja um jornalista criativo, coloque em prática e seja livre. Dando um passo de cada vez, você descobre que esse universo não é algo a se temer e, assim, será capaz de chegar no paraíso que chamamos de criatividade.
>>> Esse texto faz parte de uma série de produções opinativas sobre Jornalismo e Criatividade feitas por estudantes do 8º período de Jornalismo da Faesa Centro Universitário. As produções tiveram a orientação do professor Victor Mazzei dentro da disciplina de Criatividade e Processos Criativos.