Protagonismo feminino: ‘Ser patroa é o grande negócio’

Karol Costa

O empreendedorismo feminino é todo negócio ou projeto idealizado e comandado por uma ou mais mulheres. Esse movimento, além de contribuir para o avanço da economia e da geração de empregos, transforma as relações sociais, concedendo autonomia pessoal e financeira para diversas mulheres ao redor do mundo. Assim, no dia 19 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Uma forma de evidenciar e valorizar as mulheres protagonistas no campo empresarial.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), realizada em 2021, mostram que 10,1 milhões de mulheres estão à frente de um negócio no Brasil. Os números refletem a garra, a dedicação e o poder feminino de construir e de ocupar o próprio espaço na sociedade. Cada dia mais “ser patroa é o grande negócio“. A prova disso são as empreendedoras capixabas Andrea Pereira, Mariana Teixeira e Sandra Motta.

Empreendedorismo – é o processo de iniciativa de implementar o próprio negócio, investindo na capacidade e disposição para conceber, desenvolver e gerenciar um empreendimento a fim de obter lucro

Empresária Andrea Pereira (Foto: Isabela Wilvock)

Andrea Pereira trabalhava no setor financeiro de uma empresa antes de empreender. Ela recebeu uma oportunidade de abrir o próprio negócio em um espaço da FAESA Centro Universitário e, assim, nasceu a Maria Bonita Food, uma tapiocaria que faz sucesso junto à comunidade acadêmica.

Logo após a abertura do primeiro empreendimento, Andrea teve a oportunidade de abrir uma lanchonete e pouco tempo depois também começou a realizar eventos de coffee break. Contando sempre com o apoio de familiares, a empreendedora sempre acreditou que seria muito mais feliz sendo dona do próprio negócio.

O avanço das mulheres empreendedoras no comando dos negócios é muito importante, pois temos garra e, ao mesmo tempo, sensibilidade para aplicarmos no dia a dia empresarial

Andrea Pereira

Hoje, Andrea emprega três pessoas na Maria Bonita Food. Para aprimorar ainda mais os conhecimentos, a empreendedora participou de um laboratório e conheceu outras tapiocarias para entender o modelo de negócio e aplicar as necessidades do mesmo na empresa.

Empreendedorismo Comunitário – promove mudanças, acumula recursos e atua em benefício de comunidades. Busca atender as demandas e necessidades sociais de uma região, visando a transformação da realidade de quem vive e frequenta aquela área

Confeiteira Mariana Teixeira (Foto: Arquivo Pessoal)

Outra empreendedora é Mariana Teixeira. Ela também é do ramo alimentício, mas começou a jornada no empreendedorismo de maneira diferente. Pensando em comemorar os sete meses de vida do filho caçula, Mariana resolveu fazer um bolo para testar as habilidades. De início, a produção não deu muito certo, mas ela não desistiu e continuou tentando. Desse esforço nasceu a Mari Bollos, uma confeitaria artesanal que está atraindo cada vez mais clientes no município de Cariacica.

O motivo da persistência de Mariana na arte de criar bolos confeitados foi por conta da depressão que a empreendedora se encontrava na época. Ela descobriu durante o processo que produzir e decorar bolos a fazia bem. Então, continuou com o apoio do marido e de familiares próximos.

Me sinto realizada demais. Poder levar amor em forma de bolo para as pessoas e receber um feedback cheio de carinho não tem preço. Saber que muitas pessoas confiam de olhos fechados no meu trabalho é gratificante demais. Sou mulher, mãe e confeiteira com muito orgulho

Mariana Teixeira

Mariana destaca também que o empreendedorismo feminino é extremamente importante, principalmente em casos de mulheres que vivem em relacionamentos abusivos e violentos. Seja por necessidade ou oportunidade, o ato de empreender demonstra coragem, atitude e determinação

O empreendedorismo significa idealizar e realizar, combinando imaginação e criatividade no mundo moderno. Empreender, então, é a arte de potencializar uma ideia e colocar em prática artifícios para atingir o sucesso

Fisioterapeuta Sandra Motta (Foto: Arquivo Pessoal)

Outro sentimento forte que move o empreendedorismo feminino é o reconhecimento. Este é o caso da fisioterapeuta Sandra Motta, que começou a empreender porque sentia que tinha potencial para autonomia e, essencialmente, por acreditar que deveria ser melhor remunerada.

Seguindo o objetivo com dedicação, Sandra atualmente trabalha com fisioterapia domiciliar e com o programa “Dança sem lesão”. Ela ministra cursos online para profissionais da dança. A empreendedora também gera empregos e relata não ter sentido dificuldade nos negócios por ser mulher.

Sandra explica ainda que no empreendedorismo muitos riscos precisam ser assumidos e que quem deseja embarcar nessa aventura precisa ter iniciativa e saber vender o próprio trabalho.

A cada nova mulher que descobre essa força, outras se animam e se encorajam. Então, é muito importante que mais mulheres comandem negócios. Me sinto realizada por nunca desistir, por ver meu negócio crescer e por ficar mais reconhecida na minha área

Sandra Motta

Edição: Karol Costa
Imagem Destaque: Freepik

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